Carta aberta à minha paixão pelo tatame Já faz um ano desde a última vez que amarrei a faixa, vesti o kimono e senti o frio na barriga antes de entrar no tatame para competir. Um ano parece pouco, mas dentro de mim, o relógio grita em cada treino, em cada campeonato que assisto da arquibancada, em cada mensagem que recebo perguntando: “Quando você volta?” A verdade é que sinto falta. Muita falta. Da adrenalina antes da luta, da concentração, do silêncio interno quando o cronômetro começa a contar. Sinto falta até da pressão, da preparação intensa, dos machucados, do cansaço bom de quem deu tudo. Competi por tanto tempo que essa ausência parece um pedaço de mim que ficou em espera. Mas crescer, às vezes, também é isso: abrir mão de algumas coisas — não por falta de amor, mas por excesso de responsabilidade. Crescer significa priorizar, tomar decisões difíceis, colocar projetos maiores à frente, cuidar de outras pessoas, abrir caminhos para quem vem depois. E eu tenho feito isso com amor também. E quem sabe… em breve, a gente se reencontra. Com saudade, - A Rod 🦋